terça-feira, 20 de outubro de 2009

Eu não quero ser famosa!


Algum tempo atrás para uma pessoa ser famosa ela precisava fazer algo realmente incrível como tocar ou cantar muito bem, fazer quadros, livros, fotos que desafiassem os costumes, ou ainda, inventar alguma coisa de extrema utilidade para a humanidade. Enfim, as pessoas se tornavam famosas por que mereciam ser reconhecidas por terem feito alguma coisa! Nesse momento encaro Andy Warhol como um profeta quando ele disse: "No futuro todos serão famosos por 15 minutos", pois realmente, hoje em dia todo mundo é celebridade por algum motivo banal que as mídias resolveram que era legal.

Por exemplo: Big Brother. Os fãs que me perdoem, mas a que ponto a curiosidade humana chega para milhões de pessoas ficarem ligadas na tv observando o que 12 pessoas, normalmente sem cérebro, estão fazendo?! Aliás, essas pessoas desperdiçam cerca de 3 meses de suas vidas tomando sol, comendo e brigando entre si. Uau, fascinante. Mas Big Brother foi apenas o começo dos reality shows, hoje existem programas para perder peso, arranjar namorado, ser modelo, chef, estilista, cabeleireiro, quem é o ídolo, quem faz mais barraco, quem é a mais gostosa.... Absolutamente chato.

Ah, sem contar os pseudo famosos que a fantástica evolução da internet e o mundo de mídias colaborativas nos proporcionam: Malu Magalhães, Mari Moon e outros vídeos e sites e blogs e twiters e worldpress e myspaces e sei lá eu mais que tipo de e-celebrities existem por aí. As pessoas querem chamar a atenção, aliás, elas precisam que prestem atenção nelas para a vida fazer sentido, independente do que elas tenham que fazer para isso (vide Mulheres melancia e saladas de frutas por aí...).

Antes precisávamos de REconhecimento, hoje só precisamos ser conhecidos, por 300 pessoas no orkut/facebook, por milhares de internautas no Youtube ou milhões de pessoas na tv Globo, o que vc fizer pra isso acontecer, blah, tanto faz!
Portanto, quero comunicar a todos que lêem meus textos, que não são muitos, eu sei, que: EU NÃO QUERO SER FAMOSA! Não quero ser blogueira (aliás, desde quando isso virou profissão?!), não quero ter 100 pessoas por hora comentando sobre tudo que faço, e adoooro ir para qualquer lugar e não ser conhecida de ninguém!!! É isso aí, eu adoro ser anônima e não acreditem no meu facebook/orkut, aquilo não representa nem 10% do que eu sou.

Mulheres de Larsson

Aqueles que convivem comigo já sabem que estou absolutamente viciada na trilogia de Stieg Larsson, Millenium. Estou indicando e emprestando para quem quiser e for fã de um bom suspense. Havia alguns anos que não grudava dessa maneira num livro, e estou até lendo em ritmo lento para não acabar logo e eu ficar órfã (sim, pessoas viciadas em livros fazem isso quando a história é muito boa, eu não sou a única maluca do mundo!). Aliás, eu descobri recentemente que trata-se de uma trilogia somente por que o autor faleceu assim que terminou esses três livros, mas que ele escrevia simultaneamente 10 volumes!!!! Ou seja, 7 ivros inacabados... triste, muito triste mesmo...
De qualquer forma, depois dessa declaração tiete vamos ao motivo pelo qual sentei aqui para escrever: as personagens femininas de Larsson, Lisbeth e Erika. Lisbeth é a antiheroína mais fascinante que já existiu! Ela é uma garota de 24 anos, com 1,50m, branquela, com tatuagens, e um super complexo com seu corpo. Já Erika é uma mulher de 45 anos, bonita, editora de uma importante revista de investigação financeira, casada há 20 anos, que liga para seu marido para dizer que vai passar a noite na casa do amante, pois tem claro para si, e para os dois homens da sua vida, que um a satisfaz na cama e o outro em todos outros quesitos de convivência. Essas duas mulheres, tão diferentes entre si, tem algo que me faz admirá-las.

Para mim, elas são o reflexo da mulher atual, uma pessoa normal, com problemas normais, mas que ainda assim arranja tempo para fazer coisas fabulosas. Entre outros problemas da nossa sociedade contemporânea, o que mais me irrita é essa visão de "super mulher", que tem que ser tudo ao mesmo tempo e ainda parecer incrível para seu homem no final do dia. Acho que o feminismo tomou um rumo totalmente equivocado, nós podemos trabalhar e ter direitos iguais aos dos homens, mas que coisa mais ignorante pensar que temos que ser perfeitas em tudo! Não aguento ler revistas que nos dizem o tempo todo como atingir um certo ideal: corpo perfeito, mãe perfeita, profissional perfeita, esposa perfeita, dona de casa perfeita, ícone de moda.... BLAH! Lisbeth e Erika representam essas novas mulheres, que a meu ver estão começando a aparecer, aquelas que tem suas inseguranças, não correspondem a ideais de beleza nem a padrões machistas, não se vestem como a última capa da Vogue mas, conseguem ser independentes e inteligentes, vivendo sua vida de acordo com os seus parâmetros e não os dos outros.

É difícil viver sem um ideal a ser seguido, eu sei, mas por que nossos ideais tem que ser tão iguais?! Eu acabo de definir que meu novo ideal de mulher não é nem a it girl da Vogue, nem a atriz principal da novela das 8, muito menos a modelo número 1 do mundo, e sim as mulheres de Larsson, que estão me fazendo perceber muuuuitos outros lados de ser "eu mesma".

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

when it's hard to breathe.

When you try your best but you don't succeed
When you get what you want but not what you need
When you feel so tired but you can't sleep
Stuck in reverse

And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone but it goes to waste
could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones

And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try you'll never know
Just what you're worth

Lights will guide you home
And ignite your bones

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Saudades



Músicas, cheiros, lugares, pessoas marcam nossas vidas. Pessoas, principalmente, nos fazem falta. Passei anos tentando entender porque aqueles que eu tanto amava tinham que ir embora e, não estou falando sobre a morte e, sim sobre uma sensação pior, na minha opinião, o distanciamento. Não sei se essa é a palavra correta mas, de qualquer forma, foi a palavra de encontrei no momento. Ouso dizer que esse sentimento dói "mais" que a morte pois é preciso lidar com a existência da pessoa, mas com a sua ausência na sua vida. Ainda não sei o porque, mas já consigo entender algumas coisas como amigos que se afastam, eles ficam em nossas vidas pelo tempo que precisam ficar. É duro se eles vão embora quando ainda não sabemos se a missão deles conosco já foi cumprida, mas aos poucos entendemos. Fica mais difícil quando isso acontece com um namorado/ marido, como é possível deixar de amar alguém que nos fez tão feliz em algum momento? Isso causa dor, muita dor.

Anyway, master mudei de assunto, eu só queria confessar que uma das melhores coisas que fiz na minha vida foi ter morado em Paris. O texto começou por causa da minha saudade daquela cidade maravilhosa, daquele povo elegante, daquela língua apaixonante. Como disse para minha amiga italiana uma vez enquanto andava por Verona, "Vocês não sabem a sorte que têm por morar em uma cidade tão bonita", e, talvez eu só consiga perceber isso por não estar acostumada àqueles lugares, nem Verona nem Paris. Mas, posso dizer que me acostumei. Me acostumei a andar por ruelas que não prometem nada e achar alguma loja fabulosa, acostumei a ver praças e parques o tempo todo, me acostumei a respirar arte e história por todos os cantos. Adorei morar sozinha, ser responsável pela minha vida e saber que eu consigo sobreviver, por mais difícil que seja, comigo mesma. Normalmente me perguntam como eu tive coragem de "perder minha turma da faculdade", "largar minha família" ou "perder seis meses da minha vida só pra estudar francês"... só posso dizer para essas pessoas: não perdi nada nem larguei ninguém. Aprendi muito e conheci pessoas especiais. Se pudesse?! Não teria voltado. Assim como não teria voltado da Austrália, assim como pretendo não querer voltar do meu próximo destino...

Na real, o que me motiva a seguir em frente é a saudade... a saudade que me dá esperança de que tempos bons existem.


Foto: apresentação de flamenco em Barcelona. Reveillon 2009 - saudade!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O que vou fazer daqui a 5 anos?

Me lembro de quando finalmente me formei no terceiro colegial e fiz minha matrícula no Istituto Europeo di Design! Que alívio saber que estava prestes a começar a "ser feliz"!! Até que enfim eu poderia me dedicar àquilo que eu mais gostava: a moda. Um ano muito divertido e traumático se passou e, de repente, eu já não era mais tão feliz ali... Não sabia exatamente o que queria fazer com aquilo tudo que estava aprendendo e minha ansiedade me fez trancar o curso ainda pela metade. Alguns meses dentro de casa, me preparando "naquelas" para um vestibular que poderia mudar minha vida, me fazer dar A volta por cima, realmente me decobrir em alguma coisa. Pontos insuficientes a princípio, aprovada algumas listas depois... lá estava eu, novamente cheia de esperanças e orgulho por ter conseguido entrar na faculdade que muitos duvidavam que eu entraria.
Alguns semestres mais difíceis, outros menos, um semestre de pausa para viver um sonho, e um inteiro para me readaptar. Nesse pequeno resumo lá se foram 5 anos da minha vida, o que pode parecer pouco para quem tem 40 e tantos anos, mas quando sou eu quem tem que responder essa pergunta para conquistar uma vaga de estágio.. é, a coisa fica um pouco mais complicada. Cinco anos atrás eu tinha certeza de que a essa altura já estaria morando em Paris ou Londres, formada, fazendo masters e bem empregada. Cinco anos atrás eu não sabia que estaria procurando desesperadamente por um estágio em não sei o que, para começar a trilhar uma carreira em coisa alguma. "Se você não sabe aonde quer chegar, pouco importa o caminho". De vez em quando brinco que tenho mais certeza no meu futuro do que no meu presente, apenas me esqueço de que o meu futuro será consequência disso aqui, que está acontecendo agora. Só sei que esse presente vazio está muito chato, mas o futuro tá demorando tanto pra chegar...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Uhn...


Sabe quando você está lendo algo mas não absorve nem uma palavra?! Quando todas aquelas palavras que passeiam diante seus olhos são apenas letras amontoadas sem sentido algum...? Pois é! Se esse texto for database marketing, aí é que nada faz sentido MESMO! Eu não estou conseguindo e nem quero ler esse texto, mas o infeliz do professor inventou uma prova, bem no dia do meu aniversário, só pra atrasar minha ida ao bar! Às vezes eu acho que professores fazem esse tipo de coisa de propósito.

Enfim, precisava dividir esses pensamentos, quem sabe agora, com coisas a menos na mente eu consiga ler alguma coisa, né?

Ah, e eu vou colocar uma foto minha pq hoje eu faço 22 anos e sou absolutamente egocêntrica, ok?!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

À proura de uma paixão...


Para quem já entendeu errado o título desse post vou esclarecer logo de cara: não, não procuro um namorado! Isso eu já tenho e ele não precisa ser substituído.
Nos últimos meses tenho me dedicado duas vezes por semana à sessões de análise, e sempre que saio de lá fico um pouco... estranha, pensativa, sei lá a palavra certa! Hoje não foi diferente, aliás, foi um pouco diferente sim, meu analista meio que gritou comigo! Como se pra ter certeza de que eu estava ouvindo ou simplesmente porque eu resisto a tudo que ele tenta pra me ajudar. Bom, fez efeito.
"Beatriz, cadê a sua paixão?"
Eu realmente não tenho idéia... talvez seja minha curiosidade! Mas não sei se é possível ser apaixonado por ser curiosa, não faz muito sentido na verdade. Talvez eu seja apaixonada por viajar. Eu SOU apaixonada por viajar, mas ainda não me parece a paixão ideal... Minha irmã é apaixonada por ballet, meu namorado por cinema, um amigo por dinhiero, um outro por yoga, minha mãe por tralhas, meu pai por vinhos, meu primo por Ben 10 e meu irmãozinho, aparentemente, por bolas coloridas. Então por que será que, mesmo estando rodeada por pessoas apaixonadas, eu não sei definir o que realmente me dá tesão na vida?
Eu gosto de muitas coisas, mas nada a ponto de ser "a coisa", sabe?!
Blah...
Só precisava desabafar um pouquinho... se alguém tiver alguma idéia de algo que eu possa achar apaixonante, aceito sugestões!!


PS: na foto Antonio, pra quem não conhece, meu irmão, se divertindo horrores em seu primeiro aniversário...