Acho que faz muito tempo que eu não escrevo, então, fiquei com vontade de postar aqui de novo... Provavelmente esse texto não vai fazer sentido algum pois serão pensamentos soltos, tipo uma análise mesmo... E, vc que está lendo, pode se considerar meu analista. (que dó de vc.) Se não entender nada, ou não estvier afim de ver o monte de loucuras dessa menina, pode parar de ler agora mesmo.
Trilha sonora do momento: Coldplay "nobody said it would be so hard...I'm going back to the start". Acho que não acho muita coisa dessa vida, e isso às vezes me irrita um pouco. Aliás, muita coisa me irrita muito, o tempo todo, e isso me irrita profundamente. Na minha sala de aula tem 4 garotas colombianas que me irritam, simplesmente por serem diferentes demais. Não é a diferença que me irrita, na verdade é a falta de interesse, as críticas à Paris o tempo todo, reclamações constantes, o fato delas rasgarem as folhas que recebemos durante as aulas assim que bate o sinal, a falta de respeito com os professores e com os outros alunos, a miopia delas de não terem noção da oportunidade que estão tendo podendo viver aqui. É, isso me irrita muito, pessoas que vêm pra cá e não procuram se habituar ao novo. Eu me pergunto, qual será o motivo delas terem vindo tão longe se não querem aprender nada?! A maioria das pessoas que conheço aqui, brasileiros, mexicanos, colombianos e venezuelanos preferem se fechar em seus grupinhos nativos e não se misturam nem com os outros "latinos". Durante meu primeiro mês eu fugi de todos eles, o tempo todo, e posso dizer que fui muito bem sucedida, e que foi meu melhor tempo aqui até agora. Tudo bem, não falava francês o tempo todo, pois saía com alemães, suíços, italianos e holandeses que falam muito bem inglês, portanto era muito mais fácil pra todo mundo se comunicar em uma língua mais conhecida. Mas, pelo menos eu estava conhecendo novas pessoas, tão diferentes de mim, mas que me ensinaram muito dos valores delas, de seus países, de suas culturas. Tá vendo, não é a diferença que me irrita, é a indiferença. Depois que esses meus amigos do primeiro mês foram embora fiquei meio sozinha, porque prefiro descobrir uma cidade diferente todo dia do que não descobrir nada. Prefiro sair andando sem rumo e parando onde eu quiser, do que ficar sentada num pub cercada de gente que não vai me acrescentar coisa alguma.
Outra coisa que me irrita é ter pouco contato com as pessoas daqui... Por eu gostar tanto de conhecer culturas diferentes não entendo como eles não possam se interessar por conhecer pessoas que vieram de tão longe, de países tão distintos. No prédio que eu estudo existe uma faculdade (com franceses de verdade!), mas eles preferem nos olhar e dar risada, como se fossemos uns seres bizarros e ignorantes que estão lhes incomodando simplesmente por estarmos respirando o mesmo ar que eles. Eu tenho ótimas experiências quando falo com as pessoas em lojas, restaurantes, meus vizinhos, etc, mas os jovens são muito preconceituosos... Isso me deixa um pouco triste, mas não posso fazer nada a respeito... Continuo com minhas andanças por Paris, torcendo pra que um dia aconteça uma cena de filme comigo e eu conheça uma pessoa incrível sentada num café, no metro ou esperando que a sessão do cinema comece. Enquanto isso não acontece, sigo com minha vida parisiense, até demais... sozinha, até demais... Pensando, até demais...
5 comentários:
...Je pense, donc je suis
Nossa, não sabia nem que eu tinha um blog! Mas que bom.. posso postar comentarios no seu pelo o menos!
Querida. Passar perrengue em Paris é chique. Muito Chique.
Quanto a indiferença alheia, dá pra se notar a todo tempo em todo o lugar, inclusive aqui... azar o deles, que passam indiferentes pela vida! Sorte a sua que se mete em becos procurando uma cena de filme.
Continua escrevendo, esses dois textos só deixaram na vontade de mais historinhas!
Beeeeeejo
Infelizmente nem todos tem consciência ou maturidade para aproveitar essa oportunidade de conhecer o novo, o diferente, infelizmente somos todos medrosos, e o novo assusta, da medo...por isso acabamos nos fechando no que já conhecemos, e nesses momentos de medo nada melhor que recorrer ao conhecido (um pub com pessoas do mesmo país).
Continue sem medo como sempre e descubra uma cidade mais bela e diferente a cada dia..... e no final de toda essa experiência vc vai encontrar uma pessoa super incrível que se chama Bea!
Um enorme beijo desta criatura
bi, adorei essa sua ideia do blog.. mesmo tão longe de vc, sinto que está pertinho através do blog.
fico aqui torcendo para vc encontrar uma pessoa bacana que te mostre um lado diferente de Paris, nada de vida turistica e sim o modo como essas pessoas vivem, de verdade!
grande bjo e morro de saudades!
camis
Vc ganha muito mais passando os seus dias como tem sido ate agora... Aproveite sua vontade de conhecer! tenho orgulho de vc bibous! te amo
bea, eu entendo perfeitamento td q vc falou, qdo a indiferença das pessoas, e o preconceito. afinal, na Turquia nao foi NADA diferente....
apenas continue seguingo seu tempo ae do jeito q vc esta fazendo.! nao perca NADA, nao deixe de fazer NADA!
beijos e saudades
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